“Dois pesos e duas medidas”, frisa Abilio após arquivamento do processo de cassação do Toninho

Na sessão desta quinta-feira (14-11), a Comissão de Ética da Câmara de Vereadores arquivou o pedido de abertura de Comissão Processante contra o vereador Toninho de Souza. O pedido havia sido feito pelo vereador Abilio Junior, com os mesmos objetos apresentados no pedido de cassação apresentados contra ele.

Contudo, a Comissão entendeu improcedente o pedido protocolado por Abilio e arquivou o processo que poderia resultar na cassação do Toninho, por entender que houve retração do fato pelo vereador Toninho, sendo aceito por Abilio na época.

O pedido de cassação de Toninho havia sido protocolado na quinta-feira passada (07-11). Como justificativas, constavam o tratamento reportado por Toninho a Abilio, durante as sessões do parlamento cuiabano. Em uma dessas ocasiões, Toninho teria chamado Abilio de “perebento” e de “endemoniado”.

Como na época, os vereadores chegaram a fazer um vídeo com pedidos de desculpas. A comissão “entendeu” que não haveria motivo para abertura de comissão, arquivando o pedido.

“Dois pesos e duas medidas. A Câmara Municipal está sendo bem clara. Ela está julgando para o Toninho, ajudando; e julgando o Abilio, perseguindo. A imagem do Abilo é clara. A imagem do Toninho é obscura. Por que? Porque o Toninho é protegido pela Câmara Municipal. Eles estão dando um tratamento para Toninho e outro para mim. Isso ficou muito claro”, frisou Abilio.

CASSAÇÃO
Abilio responde a um pedido de cassação feito pelo seu suplente Oséas Machado. Mas acredita que não deve ser cassado, em razão de os objetos que foram aceitos como justificativas para tal cassação, serem os mesmos dos quais ele apresenta contra os demais cinco parlamentares.

“Se eles me cassarem, vão ter de cassar a eles próprios, já que praticaram as mesmas condutas feitas por mim, se formos analisar o pedido de cassação apresentado contra mim”, ponderou Abilio. “O parlamentar tem o direito de se expressar na tribuna, de emitir a opinião e, muitas vezes, essas manifestações são mais acaloradas”, completou.

Dana Campos
Reportagem
Francinei Marans
Fotografia