O vereador Abilio Junior (PSC) relatou que pode ter sofrido pela segunda vez ameaça em virtude de sua atuação fiscalizatória. Conforme o parlamentar, quatro pessoas teriam ouvido o presidente da Associação Mato-grossense de Transporte Urbano , empresário Ricardo Caixeta, ter ameaçado o vereador, após audiência pública sobre o aumento da tarifa de ônibus, realizada nessa quarta-feira (19-12), em Cuiabá.
Abilio usou a tribuna da sessão desta quinta-feira (20-12) para noticiar o fato, aproveitando para requerer segurança pessoal, em virtude do trabalho que tem desempenhado. “Essas quatro testemunhas vieram até mim dizendo que ele (Caixeta) teria dito que ‘não sabia o que fazer para me tirar do caminho’”, disse.
Atuando em pautas como saúde, transporte público, combate à corrupção e defesa da dignidade e bem estar da população, Abilio tem-se envolvido em embates enérgicos durante as sessões da Câmara, bem como em audiências públicas e reuniões deliberativas acerca dos temas.
“Algumas pessoas têm atribuído a prisão de vários médicos, inclusive do próprio ex-secretário de Saúde, o Huark, ao trabalho que concluímos na CPI da Saúde, pois essas pessoas foram ouvidas na CPI, em que foram comprovados diversos apontamentos de crimes de improbidade administrativa, dano ao erário, enriquecimento ilícito, crimes esses que estão sendo investigados de forma brilhante pela Delegacia Fazendária”, explicou Abilio, enfatizando que elas foram presas não por ele, mas, sim, pelas ações suspeitas que praticaram.
Além da saúde, o vereador associa o trabalho fiscalizatório que tem feito junto ao transporte público, bem como a comunicação da Prefeitura de Cuiabá. “São muitas denúncias que temos recebido nesses setores e estamos buscando apurá-las. Não é um trabalho trânquilo, pelo contrário, são áreas que afetam a população de Cuiabá e também ao interesse pessoal de muita gente”, esclareceu o vereador.
Conforme Abilio, após a sessão extraordinária dessa quinta-feira, faria o registro de boletim de ocorrência como forma de resguardar sua segurança. “Não foi a primeira vez que sofro ameaça em razão do trabalho que venho fazendo. E isso tem gerado muita preocupação a mim e toda minha família”, disse.
Dana Campos
Reportagem
Francinei Marans
Fotografia